domingo, 28 de julho de 2013

Luz Pura... Prata Verdadeira


Um vale florido... do tempo... antigo...
No que o Sol baila... como não há memória 
entre a flor da rocha cálida...
pedra sempre preciosa...

Constante Melodia... 
Vida... Nossa...
Sempre... Presente... 
Eterna... Harmoniosa...



Ecos ancestrais...
pegadas de uma história
que ninguém se atreveu a contar... 
ou inventar...

pisadas de ancestros... 
de pés imemoriais...
etéreos gestos...
guardados no Coração Universal

Falam os montes sem se ouvir...
Contam a verdadeira memória
 do que nos diz respeito
a ti... a mim...



Além das divagações do ego
das fantasias da mente
do controlo que é cego
do medo de se perder de repente



Está em nós a semente... 
...no Ser o Presente...
...se desenrolando, silente... 

...algo se mostra... 
sem se mostrar certamente



parto suave... 
pairar de ave...
brisa que sopra... 
chuva fina me toca...



Rosa desabrochando... 
Entre o orvalho se mostrando
aurora pura... 
luz de alvura... 



ser despertando
desde o latente estado dormente... 
vida nova
sendo assim verdadeiramente consciente


Em nós a prova... 
que a sombra remova...

Simples gestos para nos fazer florir
Flores de outrora neste firmamento terreno



LUZ PURA... 
Fogo pleno...
Jardim do segredo
de novo a surgir...


Até que se abra assim a luz em nós 
esse algo que por dentro nasce...
...em volta... 
...em derredor...



por todo o lado essa luz segura
nossa vida alimenta em alvura
sem tempo ou premura

além da sombra que se contempla
no espelho da amargura...
está a chama seu sustento
eco vivo fazendo soar a sua melodia

- além do pensamento - 
ave de luz 
como asas envolvendo...

realidade inquietante
...não somos sós...
há o segredo ameno
da verdade que se faz em nós

Basta ouvir essa voz...
que fala sem tempo, som ou pensamento
ecoando em cada momento
nossa própria e verdadeira "voz"...

Verdade entre o por-vir...
Sentir sublime além do sentir...
Suave bruma tocando sem querer
Mundo Vivo que está a nascer...

Eco além da sombra...
de tudo o que se quer, 
se deseja, se pensa ou ignora...
Além do poder, do temer,
Do crer ou não crer...

Divagações do ser...
se fundindno sem se aperceber...
filigranas de prata se diluindo em nada
quando o Ser nos reclama

Luz viva que cintila...
além do ouro, da prata...
de tudo aquilo que o ser humano anima 
objetos da mente vazios sem sua chama...

Realidade pura e pristina...
Além do tempo e do espaço... 
grande e perene abraço
Essência reconhecida...


Luz em redor... 
eco sublime em nós...
evanescente, pérola de prata...


etérea... esfera...
que o tempo delata...
pairando... modelando…

essência do firmamento...
em humano alumbramento...

ser 
dentro do grande Ser 
despertando....

Momento... constante... sagrado
Presente entre todo o momento...
Ali onde o Futuro é passado...

Lua... plena de vida...
prata verdadeira que nos anima...
Vida na sua sublime perspectiva...





sexta-feira, 26 de julho de 2013

Luz da Luz


Quem pode trancar a vida?


Quem pode encadear a beleza?


Quem pode suster a luz...


Quem pode comprar a sua natureza?


Quem pode vender o Sol-por, o seu nascer, a sua luz e seu brilhar...

quem pode conter ou suster a luz do Luar?


Quais os grilhões que podem impedir a tua vida de se expressar... 
o teu rosto de sorrir?...


Qual a sentença que ampare o livre cantar: 
luz na noite, 
juventude viva... 
eco da vida em nós a cantar...

Quem?...







segunda-feira, 22 de julho de 2013

Crescer... Juntos... é poder... erguer... novos... mundos...

Um SONHO... é de TODOS...

Como diaria a música... 
que sempre que há um sonho... 
o MUNDO PULA E AVANÇA...







o ar não tem dono, nem a terra, nem a água... 
nem a vida que representa a viva chama que nos inflama

Há coisas que melhoram... 
outras que não têm vedação...
como a tradição de um povo 
e o seu terreno coração...


Há coisas que melhoram... 
mesmo que se não consigam ver...
pequenos detalhes que demonstram... 
que o valenciano está a querer aprender...




Há lugares mágicos que são alternativa
há lugares que são parte da nossa vida
e há alternativas para estar nesses lugares
se não houver coerência a tratar o que é nosso
e que assim tanto vale


as mil e uma cores desta casa
representam quem por ela sangrou...
e vive em nós sua triste chama...
como um fado que alguém assim cantou




há lugares ainda por preencher
de vida, de virtude e verdade
e tanto... tanto por aprender
e tanto tanto que já se sabe


um destes dias subiam
um grande homem major
e uma sua companhia
de gentes do outro lado do rio
que ouviam com simpatia



ainda podemos ouvir e ver
que - mãos dadas
são solução para aprender
a crescer...




- crescer...



é poder







quinta-feira, 18 de julho de 2013

Contos de Encantar... contos de mil reis... conto com uma voz diferente daquela que se quer (a)pagar

Não acredito… simplesmente… não acredito…

APAGA-SE A LUZ DA VIDA DA TRADIÇÃO ANTIGA 
- como os INTERESSES PARTICULARES matam o POVO que lhes DÁ SUSTENTO

Dizia-me um senhor – PROPRIETÁRIO DE NEGÓCIO – que o monte fora fechado com cadeia – sendo a casa própria o motivo, para salvaguarda dos interesses de todos…

Dizia-me a senhora do lado – que as casas de banho estavam abertas… não fossem as cadeias que rodeavam todos os acessos… nem a falta de cartazes a falar das mesmas…

Dizem-me que “é da cofraria”… “que aqui não vem gente”… e – quando me disseram que os “de Valença” eram assim ou assado, a coisa estoura… porque NÃO TEM NEXO

São os próprios Valencianos que fazem o monte do Faro... cada pessoa lá em cima deve o PRIVILÉGIO de ocupar esse recinto SAGRADO ao POVO que HABITA nas TERRAS a ele CONSAGRADAS....

O MONTE DO FARO vê-se a milhas… a LUZINHA VERDE ASSIM ANUNCIA… de noite e toda a gente o vê durante o dia...

aos pés da igreja, jazem as lajes mortas das pessoas vivas... 
as pessoas vivas jazem aos pés do monte 
onde as coisas se mantêm exactamente assim...
Apelidos e nomes de outrora que já não ressoam nas tardes e pela noite fora... 
manhãs de abandono...

O enquadramento convida – a ver o sol por, a estar lá no fim do dia… hoje – mais uma vez – passei lá… tudo fechado… sem horários nas portas que falem do período de serventia… sem regras que mandam dar a todos o que de todos é parte viva…

O Senhor da Espanha estava chateado – dizia que não havia negício… só falta explicar como se mantém ali faz onze anos e como renova o lugar… serão as árvores que dão o sustento, será a brisa, o luar...

A senhora do outro lado dizia que era o Valenciano que não subia:

"Minha senhora – debaixo desta árvore casavam os Valencianos… os seus e as suas famílias… este é lugar sagrado…"


e - se EU CALASSE- se ERGUESSEM AS PEDRAS e os SEUS NOMES.. e falassem


Vão levar o negócio para fora do templo – e não confundam o templo com o negócio que se faz todo o ano…

Fala um Valenciano aqui nascido, que correu estes montes de “puto” e que agora vê o seu espaço fechado…

NOTA:

As matrículas dos carros apeados – à luz do conforto, nos jantares arranjados – são sempre de fora… faltam lá os tais.. os Valencianos – para fazer o que costumam… no seu terreno consagrado…

aqui aninhavam os noivos de outrora... 
agora aninham as sombras...
tempo simples que se recorda... 
a árvore tem cerca onde antes se punham os pés... 
quem retirará as cadeias invisíveis: 
essas que encadeiam por dentro... 
seja a propiedade privada do que não se se pode comprar ou vender... 
a memória dos meus pais ali... 
talvez dos pais dos pais dos teus...

Hoje é dia de celebrar... 
abre uma liga dos combatentes nova... 
sempre bom recordar

SERÁ PRECISO EXPLICAR A ESTES SENHORES 
– QUE A TERRA – 
- COMO A PRÓPRIA VIDA-
-COMO A ÁGUA QUE A ANIMA-
NEM SE COMPRA NEM SE VENDE, 
NEM SE FECHA A CADEADO
NEM SE TORNA NEGÓCIO VELADO…


– PARA CORRER O INDESEJADO – 
há sempre quem de direito… 
o resto 
– são contos do "vigário"…
HISTÓRIAS SEM QUALQUER JEITO


quarta-feira, 17 de julho de 2013

definir é reduzir... abraçar e libertar...


esta imagem vale o que vires: 
que a TUA FORMA DE SER é VALIOSA... 
que É GERADA
por algo ALÉM DA MENTE... 
esse algo que gera a mente 
a que pensa 
que pode circunscrever, 
limitar, 
definir e controlar 
o que lhe dá sentido e ser...

Assim - ser quem és... além da mente... com a mente - certamente... e sempre além da mente...

Sentir o ser... e SER - de um ou outro lado da ponte que une e do rio que é vermelho por dentro...

Quanto mais profundo o sentimento... 
mais profundo fores no eco do tempo... 
mais vais ver... 
que o que é aparente e define - une mais do que separa;

como o abraço de dois seres... 
que nem se dá nem recebe e que ambos ampara

terça-feira, 16 de julho de 2013

AMA: Lia... AMA: Rosa...


Quando se lê: AMA

e se vê... da direita para a esquerda, da esquerda para a direita - aquil que a mente ignora...

Olhar do coração que nenhuma pedra concebeu por mão de humana condição...


segunda-feira, 15 de julho de 2013

TERRA NOSSA



Parece que se fala de amor... quando se fala de um rio, uma terra... as suas gentes...

Os apelidos, os sangues confluentes... unem como o rio... que aparente... separa...


Os detalhes falam dos casamentos... entrelinhas de sentimentos


Valença... Tui... Tui... Valença...
Quando as subidas vistas de cima parecem descidas...
como as nossas vidas... são as suas vidas...
são as vias comuns que se transformam...


Sejam os ninhos da natura que se plantam onde esta quer
sejam os espaços de outrora para desporto e lazer...


Que são nossos


meus e teus...


Basta lembrar...
Que o que une apenas DEFINE...


Que os Carvalhos são de todos...


De um ou outro lado do Miño/ Minho


Que a LIZ/ LIS que sobe...
Ou desce...

Espada ou cálice...
Triângulo de cimeira ao céu
ou do céu pomba descendendo...


É património comum de um e outro lado desde nosso lugar de sustento...

O Coração desta NOSSA TERRA é VERMELHO...
Não há volta a dar ao assunto... tão simples e puro...
A verde terra que nos sustém é a mesma...
Seja no rio, na pedra, na carvalheira... 
seja no vale que nos ampara e nas pedras sagradas 
que no sopé pela mesma vida clamam...
pedra da Lua... Pedra do Sol...
Canto eterno que me faz ser o que sou...

O nosso céu é o mesmo - Azul...
Seja uma maesma gente, baixo o mesmo céu, entre o mesmo verde que a terra lhes concedeu, palpitando com a mesma força do furor que a terra em si escondeu...

Saúdos...

sábado, 13 de julho de 2013

Ai Timor...

A primeira alvorada

O primeiro abraço

a primeira rocha sagrada

o primeiro mercado

a primeira compra improvisada

a primeira dança coreografada

o primeiro sorriso de criança

o primeiro esforço da aldeia unida em volta de uma esperança

a primeira chuva que nos aguarda

a primeira volta de mota pela estrada

a primeira boleia

o regresso à casa vazia depois de semear sonhos... 

até à próxima alvorada


ai Timor... calam-se as vozes dos teus avós...
ai Timor... se outros calam, cantemos nós...

A todos os "Timor" espalhados pelo mundo fora, por Portugal inteiro, pela nossa terra que os chora... no coração vivo que late no peito - saudade - das portas abertas sem chave... dos risos simples... das festas sem jeito... do pensamento que corre lento... e dos dias que passam entre o alento e o despeito...

SAUDADE